quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Parar com a paradinha?


Fazer ou não fazer? Eis a questão. A famosa paradinha no pênalti é um assunto polêmico e antigo, mas que cada vez ganha mais força nos papos de botequim. Porém, o tema não é apenas debatido nas mesas dos bares. A Fifa decide, em março, se o artifício, utilizado por muitos jogadores, será permitido ou não em partidas oficiais.
A primeira paradinha reconhecida foi feita por Pelé. O Rei dos nossos gramados se utilizou dela para confundir o goleiro. Entretanto, o jogador não demorava para fazer a cobrança em dois tempos. O exagero da parada, atualmente, é o que faz a discussão tomar grandes proporções. As opiniões são diversas em relação ao assunto. Os que defendem, dizem não ver problema, pois a penalidade é um lance como outro qualquer e a paradinha não constitui uma atitude anti desportiva. Já os que são contra, argumentam que o goleiro é desfavorecido e é constatada uma infração e um desrespeito por parte do batedor.
O maior problema é que as paradinhas estão se tornando uma rotina nas partidas. Cada vez mais jogadores utilizam-na, e com maior intensidade. Praticamente todo jogo tem paradinha. Não importa se é penalidade durante ou após os 90 minutos. Certos jogadores, inclusive, já ficaram marcados por fazerem uso da mesma. É o caso de Fred, atacante do Fluminense. Ele ficou tão lembrado que ontem, no jogo contra o Confiança, em Aracaju - partida válida pela primeira rodada da Copa do Brasil -, perdeu a cobrança de pênalti. Após fazer a paradinha, e o goleiro Pantera não se mexer, Fred ficou sem reação e bateu para fora. Por conta disso, o clube carioca apenas empatou em sua estreia.
A verdade é que se o jogador sabe, por que não bater de uma vez? Por que fazer uma, duas, três paradas? Uma vez ainda vai lá, mas todo jogo? Até que ponto isso é favorável? Por outro lado, por que não fazer? Alguns definem o artifício como uma finta, e dizem que só faz quem tem personalidade.
Uma coisa é certa, o goleiro é o maior prejudicado quando um pênalti é convertido após uma paradinha do adversário. Injusto é, temos que concordar. Mas daí a ser correto ou não, é uma grande discussão que só vai ter fim quando uma autoridade bater o martelo e definir. Só esperamos que as paradinhas não virem paradonas e passem a retardar os jogos.

Por: Carla Araújo

3 comentários:

Diogo de La Vega disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Diogo de La Vega disse...
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Diogo de La Vega disse...

Aí vai a minha opinião: como o penalti é ideologicamente de favorecimento do time que estava no ataque e foi parado com falta, os cobradores se sentem no direito de utilizá-lo ao máximo em seu favor. Ok, mas na minha opinião a distância entre a marca da cobrança e o gol já é suficientemente pequena e a distância entre as traves suficientemente grande para que a bola ultrapasse com certa tranquilidade a risca do gol. E somente isso já basta para que um bom cobrador de penalti o converta. Acho que o goleiro praticamente não tem chance de defesa quando feita a paradinha, a não ser que o jogador chute direto para fora ou então seja um lúcio-flávio-da-vida. Como um bom tricolor, me sentia seguro por ter um atacante do nível do Fred para se utilizar da paradinha, apesar de muito manjada. Era praticamente uma certeza de gol. Não importa se com uma, duas ou até três paradas, paradinhas ou paradões. No entanto, o que acontece é que todo mundo sabe que o Fred não vai bater mais penalti algum direto, e até o goleiro do Confiança ficou parado no momento da cobrança, o que deixou o senhor Frederico sem reação forçando-o a chutar la pelota direto para fuera, vergonhosamente. E depois desse episódio eu já nao confio mais 100% em suas cobranças. Às vezes prefiro o estilo do Conca em que basta fechar os olhos e bater com muita força na bola que ela geralmente entra (quando entre as balizas).