quarta-feira, 29 de julho de 2009

Enquanto isso, na F-1...


Hoje o assunto não é futebol... O automobilismo entra em questão.

Acidentes nos Grandes Prêmios são comuns. Alguns mais leves, outros que merecem maior atenção... E há ainda aqueles que acabam com a vida do piloto. Todo corredor de Fórmula 1, e de qualquer tipo de corrida, sabe os riscos que sofre ao participar de uma competição. Cada ano que passa, a tecnologia aumenta em favor de um melhor desempenho nas pistas. Mas, mesmo depois de tantos investimentos, em muitos fica a dúvida: é possivel obter segurança na F-1, ou os acidentes são inevitáveis?

No último sábado, 25, a vítima foi Felipe Massa. Ainda no treino classificatório do GP da Hungria, o brasileiro chocou-se com uma pilha de pneus de proteção, após perder o controle de sua Ferrari. O motivo foi uma peça que saiu do carro de Rubens Barrichelo e acertou o capacete de Massa, perfurando-o e atingindo uma região próxima ao olho do piloto.

Que brasileiro não lembrou do terrivel acidente que envolveu Ayrton Senna? A semelhança entre os dois acidentes é incrivel. Senna morreu em 1994, após chocar-se com um muro de concreto, no GP de San Marino, em Ímola. Nem todos sabem, mas, no treino classificatório do mesmo GP, Barrichelo, que ainda era considerado um novato na época, também sofreu um grave acidente. Rubinho bateu violentamente em uma pilha de pneus, e não pôde participar da corrida, pois teve que ficar no hospital.

Não participar de alguma corrida... É o que nenhum piloto espera. Massa não acreditou quando soube que Lewis Hamilton fora o vencedor na Hungria. "Essa corrida era minha", falou o brasileiro. Depois do susto, de exames, do coma induzido, da operação e de muitas especulações, Felipe continua internado no hospital, mas saiu da UTI e passa bem. O brasileiro ja conversa e só não lembra do momento do acidente - o que é bem melhor para ele, cá entre nós.

Bernie Ecclestone, chefe comercial da Fórmula 1, não acredita que verá o brasileiro nas pistas ainda em 2009. O dirigente acha que Felipe Massa só terá condições de voltar à F-1 no ano que vem. De qualquer maneira, alguém precisa substituir o brasileiro até que possa correr novamente. É ai que entra em cena aquele velho conhecido: Michael Schumacher. O alemão aceitou o desafio, mesmo depois de ter encerrado a carreira. "É verdade que o capítulo Fórmula 1 já estava encerrado para mim completamente, mas também é verdade que, por razões de lealdade à equipe, não posso ignorar esta situação infeliz.", disse o piloto.

O que nos resta, agora, é esperar e acreditar numa possível melhora na segurança da Fórmula 1. Enquanto isso, assistimos às corridas, agora com um novo, mas antigo, piloto de automobilismo. Boa sorte na volta de Michael Schumacher e na recuperação de Felipe Massa.


Por: Carla Araújo


quarta-feira, 22 de julho de 2009

Viagem sem conexão


O vai-e-vem no mundo do futebol já é assunto antigo. Mas, como sempre, gera muitas discussões. "O amor que sinto por esse clube é muito grande". Essas foram palavras do volante Cristian, ex-jogador do Corinthians, transferido, na última terça-feira, para o Fenerbahçe, da Turquia. O que foi dito pelo atleta nos faz refletir em relação a uma pergunta: o que vale mais, dinheiro ou amor à camisa? Muitos são os brasileiros que saem daqui rumo a times europeus, e até da Arábia, com a expectativa de brilharem e chegarem à seleção brasileira. Ganhar mais e viver em melhores condições são atrativos fundamentais. A verdade é que o sonho de qualquer atleta é poder atuar na Europa. Quando a janela de transações se abre, é um pesadelo para os clubes e torcedores, que tentam ao máximo a permanência de seus melhores atletas. Dificilmente, uma equipe permanece a mesma após o mercado do meio do ano. Isso se torna uma barreira, visto que estamos no meio de uma competição importante, como o Brasileirão.

As propostas são, na maioria das vezes, irrecusáveis e raros são os jogadores que permanecem em seus times por amor. Raros? Por que não dizer nenhum? Zico, na época em que jogava, atuou toda a sua carreira no Flamengo, por amor à camisa rubro-negra. Hoje em dia, não vemos mais essa "prova de amor". Rogério Ceni talvez seja o caso mais próximo. O goleiro está no São Paulo há 19 anos. Mas, e o que dizer da polêmica declaração dita pelo atacante Pedrão, ex-Barueri, antes de ser transferido para o Al Shabab? "Tomara que seja meu último jogo aqui, que seja a minha despedida. Na segunda-feira, eu viajo para Dubai com o presidente do Barueri e já vou com a minha esposa porque eu quero sair, preciso sair e vou acertar com o Al Shabab". É ou não é para deixar qualquer torcedor irritado?

André Santos, ex-atleta do Corinthians, teve sua transferência ontem, juntamente com o já citado Cristian, e para o mesmo clube que o colega. Esta semana, mais dois jogadores foram negociados com o futebol europeu: Weldon, ex Sport, foi para o Benfica, de Portugal. Lima, ex Avai, foi vendido, ontem, para o Metalist FC, da Ucrânia. Desde o inicio do Campeonato Brasileiro, mais seis atletas foram transferidos para o exterior. Dentre eles, nomes como Keirrison, ex-Palmeiras, Ramires, ex-Cruzeiro, e Ibson, ex-Flamengo.

"Mas, pretendo atuar no clube [Botafogo] novamente, antes de encerrar a minha carreira. Se retornar ao Brasil, quero que seja para o Botafogo". Isso foi o que disse Maicosuel, ex-meio-campo do Botafogo, ao ser negociado com o Hoffenheim, da Alemanha. A verdade é que palavras como as do atleta sempre são ditas nas despedidas. A questão é: será que eles voltam? Enquanto a resposta não vem, os clubes tentam manter seus jogadores, mesmo que muitos deles já tenham recebido proposta do exterior.


Por: Carla Araújo


segunda-feira, 20 de julho de 2009

Futebol Precarioca


Eu podia comentar sobre todos os jogos dessa 12ª rodada da Série A do Brasileirão, mas vou me reter a falar somente da participação dos times cariocas nela. O motivo? Simples. Fluminense, Botafogo e Flamengo, novamente, decepcionaram dentro de campo, evidenciando a situação precária na qual o futebol carioca se encontra.

Nesta rodada, o Fluminense fez com que sua torcida perdesse de vez a paciência. No sábado, saiu do Maracanã derrotado pela sétima vez consecutiva, com um placar nada singelo: 4x1 para o Goiás. A partida foi marcada por erros básicos, como bolas encontrando atacantes do rival, ao serem rebatidas para a entrada da área. No primeiro tempo, o Flu até foi um pouco melhor e conseguiu anular o time adversário, mas só porque os goianos estavam muito recuados e erravam muitos passes. Ou seja, o time carioca estava melhor, porque o Goiás estava mal. No começo do segundo tempo, Ruy fez uma bela jogada, marcando o gol e dando esperança para os tricolores. Porém, os visitantes não se omitiram e balançaram a rede duas vezes em apenas dois minutos, Ramalho aos 14 e Júlio César aos 16. No Maraca, então, logo começou a ecoar vaias e muitas cobranças dos torcedores. Mas, não adiantou. Empolgado, o time goiano ainda fez mais dois, Felipe aos 26 e Iarley aos 35, selando de vez a crise no Fluminense.
A situação do tricolor é reflexo de seus problemas internos. O clube está afundado em dívidas que não devem ser equacionadas nem tão cedo. Além disso, o Flu e a Unimed não estão se entendendo muito bem. As contratações são mal planejadas, a parte técnica é uma bagunça, só se preocupam com o marketing. O patrocinador gasta uma grana alta, e, mesmo assim, não se vê resultados positivos. Hoje, foi anunciada a contratação de Renato Gaúcho como técnico, de novo. Será que vai adiantar?
O pior não é nem a penúltima colocação, e sim a falta de credibilidade, talento, atitude. Um clube partido por dentro influencia a atuação da equipe em campo. E quem sofre são os torcedores que, se tudo continuar do jeito que está, terão que viver de novo a tristeza do rebaixamento.

O clássico Flamengo e Botafogo, domingo, até foi bastante disputado e teve alguns (talvez dê pra contar apenas com os dedos de uma mão) belos lances. Os dois times realmente buscavam a vitória e tiveram garra, mas não conseguiram fugir do tradicional empate de 2x2. No primeiro tempo, o Botafogo abriu o placar, aos 34 minutos, com um gol de Alessandro. O lance era irregular, mas nem o bandeirinha, nem o árbitro marcaram o impedimento. O Flamengo correu atrás e empatou, aos 40 minutos, com um gol de cabeça de Adriano, após uma cobrança de falta. No segundo tempo, o Bota saiu na frente de novo, com Renato, de cabeça, e tentou segurar o 2x1. Mas, já perto do fim, aos 43 minutos, Emerson deixou tudo igual de novo.
O grande ponto negativo foi a enorme quantidade de passes errados, de ambos. Foram gritantes. Além disso, a zaga rubro-negra não ganhava uma bola pelo alto. Os destaques foram os chutes do botafoguense Juninho. Ele, em todas as cobranças de falta, acertava uma bomba no gol, dificultando a vida do goleiro Bruno. Foi, inclusive, com rebote de uma falta cobrada pelo zagueiro, que o Alessandro fez o primeiro gol do jogo.
Depois de uma partida feia no Maracanã, cada time somou um ponto e o Botafogo passou a ser o 17º colocado da competição, entrando, assim, na zona de rebaixamento. Já o Flamengo se manteve como 10º na tabela.

O futebol carioca sai perdendo. Já tem apenas 3 representantes no campeonato (lembrando que o Vasco está na série B) e pode ver mais um, ou quem sabe até dois, se despedindo este ano. Fora isso, a chance de um time carioca ir para a Libertadores já é pequena, quanto mais ser campeão. É uma pena.


Por: Raysa Himelfarb

domingo, 19 de julho de 2009

Feliz dia do Futebol!

Hoje é o Dia Nacional do Futebol e, comemorando esta data, 16 times entram em campo, pela 12ª rodada da série A do Brasileirão. Às 16h, se enfrentam Cruzeiro e Corinthians, Grêmio e Internacional, Vitória e Atlético-MG, São Paulo e Santos e Atlético-PR e Coritiba. Às 18:30 é a vez de Flamengo e Botafogo, Sport e Avaí e Barueri e Náutico jogarem.

O confronto entre Cruzeiro e Corinthians retrata duas realidades diferentes. O Corinthians vem embalado na competição, principalmente após o título da Copa do Brasil. No entanto, o Cruzeiro tenta a reabilitação psicológica após a perda do título da Copa Libertadores para o Estudiantes da Argentina, na última quarta-feira. Os técnicos dos dois times não revelaram a escalação, mas, no Timão, Ronaldo está confirmado para, após cinco anos, reencontrar o Mineirão. Douglas e Dentinho ficam de fora, suspensos pelo terceiro cartão amarelo. Para ajudar a Raposa, Kléber abriu mão de sua lua-de-mel e joga.

Já a partida entre Grêmio e Internacional vale mais que os bem-vindos 3 pontos. O clássico gaúcho completou, ontem, 100 anos de muita rivalidade. Além disso, o Inter quer voltar a ser o primeiro na tabela e vem cheio de mistérios para a disputa. A boa notícia para os Colorados é que D’Alessandro participa do jogo, já que ganhou efeito suspensivo do STJD após receber 60 dias de suspensão pela confusão na final da Copa do Brasil. Mas, Magrão e Glaydson não jogam, pois ambos foram expulsos na última partida. O Grêmio, apesar de também estar desfalcado (o lateral-direito William Thiego foi expulso contra o Coritiba, e o zagueiro Léo está suspenso pelo terceiro cartão amarelo), tem o Olímpico e a volta da dupla argentina Herrera e Maxi López como seus aliados.

O Atlético-MG também tenta voltar à liderança. Para isso, precisa passar pelo Vitória, no Barradão. Sua missão pode ser facilitada, já que a zaga titular do rubro-negro não entrará em campo. Wallace foi expulso e Anderson Martins e Victor Ramos levaram o terceiro amarelo. Entretanto, o Galo não conta com seu artilheiro, Diego Tardelli, suspenso. Quem deve substituí-lo é Alessandro.

No Morumbi, São Paulo e Santos prometem um jogo bastante disputado. Os dois times estão em situação complicada no campeonato e tentam se recuperar. O tricolor paulista está há três rodadas sem vencer, já o rival tem a pior defesa do Campeonato Brasileiro e, para complicar ainda mais, não pode contar com o zagueiro Fabão e o volante Rodrigo Souto, suspensos.

Atlético-PR e Coritiba também buscam a recuperação, na Arena da Baixada. O Furacão, 14º colocado na tabela, aposta no bom momento do meia Marcinho para sair com a vitória. Já o Coxa, 12º, conta com Marcelinho Paraíba para subir algumas posições.

No Maracanã, Flamengo e Botafogo tentam fugir do tradicional empate. O alvinegro é considerado por muitos o favorito. Ele venceu o Avaí no sábado passado, teve toda a semana para treinar e o único problema é o goleiro Renan, que está contundido. O rubro-negro não conta com seu reforço para a defesa, Willians, que está suspenso. A esperança da torcida é que os gols de Adriano compensem a fragilidade defensiva do time.

Cinco colocações na tabela é o que separa, agora, o Sport (13º) do Avaí (18º). Porém, hoje, os dois vão se encontrar. O lugar marcado é a Ilha do Retiro. A equipe catarinense vem de uma vitória contra o Goiás (2x0), na última rodada, e deve manter o mesmo elenco. O rubro-negro está desfalcado e, por conta disso, deve isolar Wéldon à frente e adiantar Luciano Henrique.

Na Arena Barueri, o time da casa tenta voltar ao G4 e o Náutico busca deixar a última posição da tabela para o Fluminense, que perdeu ontem. O Barueri, mesmo sem Leandro Castan, Márcio Careca e Everton, suspensos pelo terceiro amarelo, e Ralf, é o grande favorito.

Por: Raysa Himelfarb

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Rodada dos... cartões


Na 11ª rodada do Brasileirão, a primeira de meio da semana, não foram os clássicos nacionais que chamaram atenção, não. Em 19 jogos, 51 cartões amarelos e 11 vermelhos, considerando que somente em três partidas, este último não foi mostrado. O número de amarelos não foi tão alto, em comparação com as rodadas anteriores. O que chamou atenção, de verdade, foram as expulsões de campo. O melhor exemplo foi o jogo Internacional x Fluminense, em que quatro jogadores foram expulsos direto, sem levarem cartões amarelos. O jogo no Beira-Rio terminou 4x2 para o Colorado, afundando ainda mais o tricolor das Laranjeiras - que, mais uma vez, perdeu o artilheiro Fred. Como? Expulso por agressão, novamente.

O rival do time carioca também não anda muito bem. Em pleno Maracanã, e com um gol anulado de Adriano, o Flamengo perdeu para o Palmeiras, com o placar final de 2x1. Essa foi uma das partidas que o vermelho não foi mostrado. Outra que só teve cartões amarelos foi Goiás x Avai, em que o visitante surpreendeu o Esmeraldino pelo placar de 2x0. Com esse resultado, o Avai saiu da última colocação do Campeonato. Atlético Mg e São Paulo também não tiveram jogadores expulsos, na partida de ontem. Com a vitória do time mineiro por 2x0, o Galo voltou à liderança e confirmou, ainda mais, a crise que os são paulinos vêm sofrendo.

Outra partida com muitos cartões vermelhos foi Coritiba x Grêmio. Em jogo que o visitante largou na frente e estava melhor, o número de cartões foi fator decisivo. Os três jogadores expulsos, nessa partida, eram gremistas, inclusive o goleiro Victor. Por conta disso, o Coxa virou e venceu pelo placar de 2x1. Outra virada aconteceu no Pacaembu. Apesar do susto que o Sport deu, e de estar melhor em campo, o Corinthians conseguiu dominar a partida e se recuperar. Com dois gols de Ronaldo, a equipe paulista venceu a pernambucana por 4x3. Em outra partida da 11ª rodada, o Atlético-Pr não segurou o Santo André, que jogava em casa. No jogo em que as duas equipes tiveram ritmo bastante lento, melhor para o time do ABC paulista, que venceu por 1x0.
Apenas dois empates ocorreram na 11ª rodada do Brasileirão. Um deles aconteceu entre Náutico e Vitória, que terminou 1x1. Na estreia de Geninho, no Timbu, os donos da casa não aproveitaram as boas chances e se mantiveram na última colocação do Campeonato. Em situação completamente diferente, mesmo com o empate, o Vitória conseguiu permanecer no G4. O outro empate foi no jogo Santos x Barueri, com Vila Belmiro vazia e protesto dos torcedores santistas. Em partida que o visitante parecia conseguir uma vitória surpreendente, o Peixe reagiu e arrancou um empate suado de 3x3. Com o resultado, o caçula Barueri dormiu na quinta colocação.
Não posso deixar de parabenizar o Vasco pela vitória fora de casa, na série B do Brasileirão. Na terça, contra o Vila Nova, o Gigante da Colina fez dois gols e não levou nenhum. Resultado, esse, que o colocou na 5ª colocação da segunda divisão. É importante lembrar, também, aos leitores, que o jogo entre Cruzeiro e Botafogo irá acontecer no dia 27 de agosto, por conta da final da Taça Libertadores. Mas, a pergunta que não quer calar: será que a fome por cartões vermelhos vai continuar no Campeonato Brasileiro?


Por: Carla Araújo


segunda-feira, 13 de julho de 2009

E a casa caiu


“Salve-se quem puder”. As famosas palavras nunca caíram tão bem para o mundo futebolístico. Em um dia como o de hoje, em que três técnicos brasileiros foram demitidos, iniciamos esse blog para mostrar que mulher também entende de futebol. Antecipo-me dizendo que não é porque gostamos mais desse esporte, que ignoramos a existência dos outros. Pelo contrário, se for necessário, comentaremos fatos importantes dos mesmos. Sem mais delongas, voltemos ao assunto inicial...

Ao final da décima rodada do Campeonato Brasileiro, neste domingo, três treinadores tiveram que abandonar seus cargos. Carlos Alberto Parreira foi demitido do Fluminense após ver o tricolor perder, em casa, para o Santo André e, por conta do resultado, entrar na zona de rebaixamento. Vagner Mancini foi dispensado do Santos ao ser derrotado por 6 a 2 pelo Vitória. Por fim, Márcio Bittencourt foi demitido do Náutico, após sofrer goleada diante do Palmeiras.

Mas, para quem acha três saídas um grande número para um dia, o que dizer de nove para dez rodadas de uma competição? Pois é... Lá no inicio do Brasileirão, mais precisamente na quinta rodada, o Atlético-Pr dispensou o técnico Geninho - que, alias, foi anunciado, hoje, como novo treinador do Náutico, após a saida de Bittencourt. E vejam como o destino é engraçado: algumas rodadas antes, Waldemar Lemos trocou esse mesmo Náutico por aquele Atlético-Pr, sem ser demitido. Além dessas duas trocas de treinadores, outras quatro ocorreram. Ficaram desempregados Vanderlei Luxemburgo, ex Palmeiras, Muricy Ramalho, ex São Paulo, Nelsinho Baptista, ex Sport e Marcelo Rospide, ex Grêmio, lembrando que essas aconteceram nas primeiras rodadas do Campeonato.

A verdade é que a queda de treinadores está cada dia mais comum no futebol. Não só esses técnicos tinham chance de sair de seus clubes, como outros já tiveram, ou ainda têm, seus cargos ameaçados. Dificilmente, vemos um treinador que passe anos em uma única equipe - até o Muricy Ramalho, que, cá entre nós, era eterno no São Paulo, caiu. Mas, estranho mesmo é quando comparamos os números brasileiros com os europeus. Desde o inicio da era dos pontos corridos no Brasileirão, em 2003, o Fluminense trocou de técnico 17 vezes. Na Itália, a Inter de Milão trocou apenas três. Será que o problema é com os treinadores nacionais?

Fica a pergunta no ar... E nesse vai-e-vem de técnicos, quem sofre é o time, porque é importante lembrar que futebol não é igual a Jornalismo, que você presencia um fato e escreve sobre ele. No futebol é preciso tempo: não é pegar uma equipe e treinar, é preciso conhecer. E conhecimento, meus caros, leva tempo. É por isso que eu digo: "Salve-se quem puder".


Por: Carla Araújo