segunda-feira, 19 de abril de 2010

Estrela solitária volta a brilhar e supera o império do amor


O jogo entre Botafogo e Flamengo, ontem, no Maracanã, tinha todos os ingredientes para se tornar inesquecível. O alvinegro estava a 90 minutos de conquistar o título carioca, já o rubronegro precisaria de três jogos para tal fato. As duas equipes se enfrentaram nas últimas três finais do campeonato estadual, com o Flamengo conquistando 100% delas. Porém, contrariando o histórico, o Botafogo levantou a taça do campeonato carioca de 2010, com uma vitória de 2 a 1.

O bom público, de aproximadamente 60 mil torcedores, viu um jogo “lá e cá“, em que os goleiros tiveram grande trabalho. A falta de Fahel em Vágner Love, logo no primeiro minuto de partida, ilustrou o que seria o jogo: cartões amarelos e jogadas perigosas próximas às áreas.

No início do jogo, a boa marcação do Botafogo chamou a atenção. O gol das duas equipes estava amadurecendo, mas foi o alvinegro que saiu na frente. Após penalti de Ronaldo Angelim em Fábio Ferreira, Herrera converteu, aos 23 minutos. Pouco depois, Andrade deixou o Flamengo mais ofensivo, tirando Toró e colocando Vinicius Pacheco. Depois do gol, o Bota recuou e Adriano quase marcou o seu, de voleio, aos 33. Entretanto, foi no último minuto da primeira etapa que Vágner Love empatou, após confusão e falha coletiva na área botafoguense.

O segundo tempo voltou com as equipes iguais, e com a partida esquilibrada em todos os quesitos: jogo eletrizante, chuva de cartões e torcidas cantando o tempo todo. Aos 13 minutos, Joel Santana colocou a esperança do Botafogo em campo: Caio entrou no lugar de Túlio Souza.

O momento da partida foi aos 25 minutos da segunda etapa, quando Maldonado fez penalti em Herrera e foi expulso, ao receber o segundo cartão amarelo. Loco Abreu bateu no meio, a bola bateu na trave e entrou: 2 a 1. Cinco minutos depois, a chance de ouro do Flamengo: Herrera foi expulso após reclamação de penalti dado pelo juíz Gutemberg de Paula Fonseca. Adriano, após quatro jogos fora dos campos, parou nas mãos de Jefferson, que foi o nome da partida de ontem. Aos 38 minutos, Caio perdeu um gol incrível, que liquidaria a partida. Porém, o resultado não foi alterado, só o número de cartões: 17 amarelos e dois vermelhos.

A noite era mesmo preto e branca, e o Botafogo foi campeão carioca pela 19a vez. O clube quebrou um tabu e conquistou de forma indiscutível um título que estava engasgado na torcida botafoguense. Após 12 anos, um time voltou a conquistar Taça Guanabara e Taça Rio no mesmo ano - o último foi o Vasco em 1998.


Por: Carla Araújo


quinta-feira, 15 de abril de 2010

Sem a Taça de Bolinhas, Fla joga mal


A polêmica sobre o Campeonato Brasileiro de 1987 voltou à tona nesta quarta-feira. Afinal, quem foi o campeão? Para a CBF, foi o Sport. A decisão tomada pela instituição foi amarga para o Flamengo, mas não só ela. Se a classificação para as oitavas de final da Taça Libertadores estava complicada, agora ficou ainda mais difícil para o rubro-negro. A equipe perdeu do Universidad Católica por 2 a 0, em partida válida pela quinta rodada da competição. O jogo aconteceu ontem, no estádio San Carlos de Apoquindo, em Santiago do Chile. No grupo 8, o Flamengo é o segundo colocado, com 7 pontos, atrás do Universidad do Chile.

Com a Taça de Bolinhas nas mãos do São Paulo, sendo este reconhecido como o primeiro pentacampeão nacional, o Flamengo continua na busca pela Taça Libertadores. Porém, um estádio vazio assistiu ao time chileno superior ao brasileiro. Mesmo com pouquíssimas chances de classificação, o Universidad dominou a primeira etapa. Logo aos 2 minutos, Damien Díaz fez o primeiro, ao entrar sozinho na área rubro-negra, após erro da defesa. A equipe carioca sentiu o gol e o primeiro ataque aconteceu só aos 9 minutos, com Vágner Love. Ainda no início da partida, o zagueiro Álvaro sentiu fisgada na panturrilha direita e foi substituído por Fabricio.

Vágner Love, sem o companheiro de ataque, Adriano, não conseguiu acertar, devido à forte marcação chilena. O Flamengo quase chegou ao empate em duas oportunidades: aos 35 e aos 40 da etapa inicial. Entretanto, o time não cresceu no jogo. Apático e sem conseguir chegar com perigo, o rubro-negro carioca parecia estar com a cabeça fora do campo. No último lance do primeiro tempo, o Universidad ainda aumentou, com gol de Francisco Silva.

Para o segundo tempo, o técnico Andrade arriscou e fez duas substituições. Saíram Willians e Petkovic, entraram Fierro e Vinicius Pacheco. A equipe melhorou na etapa final e, aos 15 minutos, Bruno Mezenga quase diminuiu, em bom chute. O que faltava ao Flamengo neste momento da partida era sorte. Aos 19, Juan acertou bola na trave, para desespero dos flamenguistas. Com 32 minutos, Morales, sozinho, sem Bruno e em cima da linha, perdeu o gol mais feito do ano e a chance de liquidar a partida. O resultado, porém, não foi alterado.

Em uma das piores atuações do Flamengo ultimamente, o time só não levou de mais por falta de competência do Universidad, que perdeu grande quantidade de gols. O próximo jogo é contra o Caracas, quarta-feira que vem, no Maracanã. Para se classificar, a equipe rubro-negra precisa vencer e torcer por uma combinação de resultados de outros grupos.


Por: Carla Araújo


domingo, 11 de abril de 2010

Giro Esportivo - 25/03/2010


Ai vai mais um Giro Esportivo. Esse foi do dia 25/03. Demorei a postar porque viajei e fiquei ocupada com meu aniversário. Meus caros, a jornalista que vos fala completou duas décadas no último dia 9.
Mas enfim... Ai vai o vídeo. Tentei melhorar, mas descobri novos erros. Aos poucos vou tentando consertar. Obrigada mais uma vez pela atenção.


Por: Carla Araújo

segunda-feira, 29 de março de 2010

O jornalismo dá adeus a um ícone


O Brasil se calou hoje. A segunda-feira amanheceu de luto, pois o jornalismo perdeu uma das figuras mais ilustres da história. Armando Nogueira morreu de câncer no cérebro às 7h de hoje, aos 83 anos. Ele lutava contra o tumor há três anos. O velório foi na Tribuna de Honra do Maracanã. Nada mais justo para um botafoguense que era tão apaixonado pelo futebol e pela seleção brasileira.
Nascido em Xapuri, no Acre, Armando Nogueira era formado em Direito no Rio de Janeiro. Além de comentarista e cronista esportivo, foi diretor da TV Globo e responsável pela implantação do jornalismo em rede nacional. No início da carreira foi redator, colunista e repórter. Atualmente, trabalhava no SportTV, apresentando o programa Papo Com Armando Nogueira, e na Rádio CBN, onde participava do CBN Brasil. Nas horas vagas, praticava voos de ultraleve, outra grande paixão de Nogueira.
Em sua bibliografia constam 10 livros sobre esporte. A mistura do olhar crítico com poesia e arte, fez com que suas frases tornassem-se antológicas. Dentre suas grandes pérolas, a definição que ninguém jamais conseguiu dar ao Rei Pelé: “Pelé é tão perfeito que se não tivesse nascido gente, teria nascido bola.”. É também de sua autoria o apelido de Garrincha: Anjo das Pernas Tortas. Era um admirador da palavra e da boa escrita. Nogueira definitivamente fez escola. Seu jeito irreverente e elegante de escrever atraiu fãs de todas as gerações, ao longo dos seus brilhantes 60 anos de carreira.
É o fim de uma era, pois Nogueira se junta a um time de literários esportivos incomparável. Agora, Nelson Rodrigues, Mário Filho, João Saldanha, Paulo Mendes Campos e Armando Nogueira podem discutir o futebol lá em cima, nos deixando com saudade. “Ele é o mestre de todos nós”, disse Armando Augusto Magalhães Nogueira, o Manduca, filho único do cronista. Além do filho, jornalistas, jogadores, amigos e admiradores deixaram homenagens e frases de um adeus doloroso. E eu, como futura jornalista esportiva, deixo aqui o meu “muito obrigado” ao ilustre e inesquecível professor Armando Nogueira.

“Para entender a alma do brasileiro é preciso surpreendê-lo nos instante de um gol” (Armando Nogueira)

Por: Carla Araújo

segunda-feira, 22 de março de 2010

Giro Esportivo - 21/03/2010


Leitores do Elas no Jogo, vou postar meu Giro Esportivo piloto. Meu primeiro video de analise esportiva, que gravei ontem. Perdoem a péssima qualidade da imagem na hora dos gols, mas é que meu programa de passagem de videos para o computador deu problema. Ah claro, perdoem meu nervosismo e possiveis erros, mas estou aprendendo. Obrigada, gente, e bom divertimento.


Por: Carla Araújo

segunda-feira, 15 de março de 2010

Quem dança por último, dança melhor


O encantador time do Santos só tinha motivos para comemorar. Com a primeira colocação no Campeonato Paulista, a equipe não havia perdido este ano e vinha de uma vitória por 10 a 0, no meio da semana. O excepcional retrospecto veio junto a uma contratação especial: Robinho voltou ao clube que o lançou no futebol. O Santos tem provado que está com tudo para brilhar em 2010.
Porém, nem tudo são flores para o time do técnico Dorival Junior. Ontem, na Vila Belmiro, o Palmeiras apagou esse brilho da equipe santista, em jogo sensacional. Foi 4 a 3 o resultado final de um espetáculo que parecia ter como protagonistas os jovens santistas - a idade média é de, aproximadamente, 24 anos.
Logo aos 10 minutos do primeiro tempo, o Santos abriu o placar na Vila. Pará tentou chute cruzado e, com categoria, tirou as chances do goleiro Marcos. Na comemoração, a famosa dancinha dos jogadores. Neymar fez o segundo tento para os donos da casa, aos 31 da etapa inicial. Para comemorar? Mais dancinha, comandada por Robinho. Parecia que a vitória do Santos estava bem encaminhada. Bom, parecia...
Apesar de acuado, o Palmeiras conseguiu um gol aos 42, ainda do primeiro tempo, feito por Robert. Os palmeirenses ainda comemoravam quando, dois minutos depois, o mesmo Robert fez belo gol, pós cruzamento de Armero. Para ironizar a comemoração santista, Diego Souza comandou uma dança própria do Palmeiras.
A etapa final começou completamente diferente do início do jogo. Com ótima marcação do time alviverde, aos 12 minutos, Diego Souza fez o terceiro e virou a partida. E tome mais dancinha debochada. Mas, a torcida santista, sem muito acreditar no que acontecia, viu sua equipe empatar aos 35 minutos, com gol do meia Madson. Quando tudo parecia ficar como estava, Robert chutou de longe e fez golaço, aos 42 minutos finais. O jogador se consagrou como o principal artista da inesquecível vitória palmeirense. Logo ele, que vinha sendo intensamento criticado, pode até pedir música no Fantástico.
É, e quem diria? O Santos "encantado", além de perder sua primeira partida do ano, diante de sua torcida, perdeu, também, Neymar, expulso nos minutos finais. Pois é, está comprovado: "Quem dança por último, dança melhor".

Por: Carla Araújo

quarta-feira, 10 de março de 2010

E segue a Liga...


As oitavas de final da Liga dos Campeões preparava duas grandes partidas para hoje. No estádio Old Trafford, na Inglaterra, o Milan precisava vencer, mas a esperança de reverter o resultado do primeiro jogo, parou nos pés de Rooney. O jogador do Manchester United levou, apenas, 13 minutos para frustar os planos do time italiano. Para completar a festa inglesa, o próprio Rooney, Park e Fletcher completaram a goleada no segundo tempo: 4 a 0.
Podendo perder por até um gol de diferença, o Manchester, que já havia vencido a partida de ida por 3 a 2, na Itália, ofuscou o brilho de Ronaldinho Gaúcho. Aliás, não só do meia-atacante brasileiro, mas de todo o Milan. A partir da etapa final, o time italiano praticamente não produziu. Mesmo com a tentativa ousada de tirar o defensor Bonera para lançar o meia Seedorf, o técnico Leonardo viu Rooney fazer seu segundo gol com um minuto. O terceiro veio aos 14 - com assistência do jovem lateral brasileiro Rafael - e o quarto aos 43 do segundo tempo. O Milan jogou sem Pato e com rápida atuação de Beckham, que, de maneira emocionante, foi intensamente aplaudido pela torcida adversária. Ronaldinho, que precisava mais do que nunca de uma atuação exemplar, para convencer Dunga a convocá-lo para a seleção, viu seu time ser eliminado da Liga.
Em outro jogo desta quarta-feira, o Lyon eliminou o Real Madrid com o empate de 1 a 1, no Santiago Bernabéu, em Madri. A equipe francesa havia vencido, em casa, por 1 a 0. Com atuação fraca do time espanhol, até Kaká foi vaiado pela torcida, e, inclusive, substituído no segundo tempo. Apesar de fechar a etapa inicial com 1 a 0 no placar, o Real não soube aproveitar as poucas chances e sua vantagem.
Aos cinco minutos, Cristiano Ronaldo abriu o placar, com bela jogada individual. Na segunda etapa, não querendo levar a decisão para a prorrogação, o Real continuou uma pressão ja iniciada no tempo anterior. Porém, a equipe começou a sumir na partida, deixando o Lyon crescer. Dessa maneira, a defesa espanhola viu o ataque francês empatar aos 30 minutos da etapa final. Pela sexta vez seguida, o Real é eliminado nas oitavas da Liga, logo essa que teria a final disputada no Bernabéu. Ao término do jogo, o meia Guti, do time de Madri, desabafou "Todas as eliminações foram duras, mas essa foi demais".

Por: Carla Araújo

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Parar com a paradinha?


Fazer ou não fazer? Eis a questão. A famosa paradinha no pênalti é um assunto polêmico e antigo, mas que cada vez ganha mais força nos papos de botequim. Porém, o tema não é apenas debatido nas mesas dos bares. A Fifa decide, em março, se o artifício, utilizado por muitos jogadores, será permitido ou não em partidas oficiais.
A primeira paradinha reconhecida foi feita por Pelé. O Rei dos nossos gramados se utilizou dela para confundir o goleiro. Entretanto, o jogador não demorava para fazer a cobrança em dois tempos. O exagero da parada, atualmente, é o que faz a discussão tomar grandes proporções. As opiniões são diversas em relação ao assunto. Os que defendem, dizem não ver problema, pois a penalidade é um lance como outro qualquer e a paradinha não constitui uma atitude anti desportiva. Já os que são contra, argumentam que o goleiro é desfavorecido e é constatada uma infração e um desrespeito por parte do batedor.
O maior problema é que as paradinhas estão se tornando uma rotina nas partidas. Cada vez mais jogadores utilizam-na, e com maior intensidade. Praticamente todo jogo tem paradinha. Não importa se é penalidade durante ou após os 90 minutos. Certos jogadores, inclusive, já ficaram marcados por fazerem uso da mesma. É o caso de Fred, atacante do Fluminense. Ele ficou tão lembrado que ontem, no jogo contra o Confiança, em Aracaju - partida válida pela primeira rodada da Copa do Brasil -, perdeu a cobrança de pênalti. Após fazer a paradinha, e o goleiro Pantera não se mexer, Fred ficou sem reação e bateu para fora. Por conta disso, o clube carioca apenas empatou em sua estreia.
A verdade é que se o jogador sabe, por que não bater de uma vez? Por que fazer uma, duas, três paradas? Uma vez ainda vai lá, mas todo jogo? Até que ponto isso é favorável? Por outro lado, por que não fazer? Alguns definem o artifício como uma finta, e dizem que só faz quem tem personalidade.
Uma coisa é certa, o goleiro é o maior prejudicado quando um pênalti é convertido após uma paradinha do adversário. Injusto é, temos que concordar. Mas daí a ser correto ou não, é uma grande discussão que só vai ter fim quando uma autoridade bater o martelo e definir. Só esperamos que as paradinhas não virem paradonas e passem a retardar os jogos.

Por: Carla Araújo

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Apagando o fogo


Nem o vascaíno mais otimista esperava um resultado tão surpreendente no clássico de ontem, entre Botafogo e Vasco. Um, dois, três, quatro, cinco... Seis. 6 a 0 para o time da colina. Com chuva forte e campo ruim, os visitantes criaram uma noite para qualquer botafoguense querer esquecer. A estreia mais esperada era a de El Loco Abreu, pelo Botafogo. Mas, o discreto atacante uruguaio viu um brasileiro brilhar pelo outro lado.
"Traidor" e "mercenário", era o que gritava a torcida alvinegra no início da partida. As palavras eram para certo ex-jogador do clube, que atualmente joga pelo Vasco da Gama. Porém, como o futebol é cheio de surpresas, adivinha quem calou a boca dos botafoguenses? O próprio: Dodô, que não se incomodou com as vaias e fez logo três gols no primeiro tempo. Para completar a festa vascaína, na segunda etapa, Leo Gago fez um e Phillipe Coutinho fez dois.
O baixo público de 25.052 presentes, no estádio João Havelange, viu um Botafogo apático e nervoso. O técnico Estevam Soares disse, ao final da partida, que "não podíamos esperar elogios". E não tiveram. A falta de jogadas e a grande dificuldade em chegar ao campo adversário, levaram os torcedores alvinegros a gritarem "burro" para o treinador. Apesar da derrota vergonhosa, a diretoria afirmou que Estevam permanece no cargo, mas que mudanças terão que ser feitas no time.
Além da goleada e dos xingamentos, o meia alvinegro Eduardo foi expulso ainda aos 14 minutos do primeiro tempo. Nas arquibancadas, um fato curioso marcou a partida deste domingo. Um torcedor desesperado colocou fogo na camisa do Botafogo, como protesto. O único jogador que teve o nome gritado pela torcida foi o atacante Herrera.
Por outro lado, o time de São Januário é só alegria. A volta de Dodô aos gramados, o brilho da jóia chamada Phillipe Coutinho e a bela troca de passes sempre pelos pés de Carlos Alberto. A equipe do Vasco esteve perfeita no jogo e, literalmente, humilhou o Botafogo. O Engenhão era preto e branco na noite de 24 de janeiro de 2010, mas não era botafoguense não...

Por: Carla Araújo

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O apito inicial


Antes de qualquer coisa, preciso admitir que sou uma pessoa muito feliz neste momento. Esse periodo de pausa do futebol profissional brasileiro sempre me deixa agoniada. Mas, vamos rolar a bola e começar mais um ano...
O Campeonato Carioca 2010 teve início nesse fim de semana. Para alívio das maiores torcidas do Rio, os quatro grandes venceram. No sábado, Botafogo e Vasco voltaram aos gramdos e no domingo foi a vez de Flamengo e Fluminense. Os dois primeiros estão no grupo B e os dois últimos fazem parte do grupo A. Nesta primeira fase da competição, a Taça Guanabara, as equipes jogam contra adversários do mesmo grupo.
O primeiro a estrear foi o Vasco. Porém, o time da colina jogou para o gasto, não empolgando a torcida. O magro 1 a 0 contra o Tigres, em São Januário, mostrou que a equipe ainda não está entrosada. Os visitantes foram melhores em boa parte do jogo e tiveram, inclusive, dois gols anulados. Além da discreta atuação, a quantidade de cartões foi um exagero, preocupando a comissão técnica vascaína: nove amarelos e um vermelho. O gol foi do lateral-direito Fágner e a expulsão foi de Rodrigo Pimpão.
O Botafogo teve sua primeira partida oficial do ano contra o Macaé. Os estreantes mostraram porque foram contratados para a temporada de 2010. Herrera e Marcelo Cordeiro marcaram dois dos três gols da vitória alvinegra. Lúcio Flávio marcou o terceiro. Pelo Macaé, André e Fernandão balançaram a rede. O cansaço foi o principal adversário do Bota na partida fora de casa. Apesar dos alvinegros saírem na frente, os donos da casa conseguiram a virada. Porém, ainda no primeiro tempo, o Botafogo virou, novamente, e cravou a vitória.
No Maracanã, o Flamengo, sem Vagner Love e Adriano, conseguiu uma suada vitória sobre o Duque de Caxias. Na volta de Obina, o rubro-negro, que irritou a torcida em parte do primeiro tempo, precisou mudar de postura para vencer os visitantes por 3 a 2. A equipe da Gávea não lembrou em nada aquela que foi campeã brasileira ano passado. O Duque saiu na frente, mas o Fla virou na segunda etapa. Pelos donos da casa, Kleberson, Fierro e o estreante Fernando marcaram. Já pelos visitantes, Maurinho e John mexeram no placar.
O time que mais empolgou na estreia foi o Fluminense. O tricolor provou que não quer ser, apenas, um time de guerreiros, mas um time vencedor. Fora de casa, bateu o Americano por 3 a 0. Com show particular de Conca, a equipe estava entrosada, com ótimo condicionamento físico e bela troca de passes. Assim como os rivais, o Fluminense também teve gols de estreantes: Everton e Julio Cesar. Maicon também marcou e fez a alegria dos torcedores.
Os outros resultados da primeira rodada da TG foram: Bangu 0 x 3 Boavista, Olaria 2 x 2 Volta Redonda, Madureira 2 x 1 América e Friburguense 0 x 0 Resende.

Por: Carla Araújo